Perda auditiva aumenta risco de quedas entre idosos
Andar nas calçadas é um desafio em muitas cidades brasileiras, pois são cheias de buracos, degraus, desnível etc. Para os idosos este desafio é ainda maior, já que uma simples queda pode ocasionar sérios problemas de saúde e lesões.
No Brasil, cerca de 30% dos idosos sofrem quedas pelo menos uma vez ao ano, sendo que o risco deste tipo de acidente pode ultrapassar 50% entre pessoas acima de 85 anos
Além de estar relacionada com a demência, um estudo realizado pela Universidade Johns Hopkins descobriu que a perda auditiva pode acentuar ainda mais o risco de quedas em idosos. Mais especificamente, a cada dez decibéis a menos ouvidos, aumentam as chances de um idoso cair em 1,4 vezes.
O ESTUDO
Os pesquisadores ouviram mais de 2 mil pessoas com idades entre 40 e 69 anos que, durante um teste de audição, responderam um questionário sobre quedas e descobriram que mesmo idosos com perdas auditivas de 25 dB, consideradas leves, eram quase três vezes mais propensos em ter um histórico de queda.
Isso acontece porque a perda auditiva prejudica o labirinto, órgão responsável pelo senso de equilíbrio do corpo, o que pode causar a sensação de estar “flutuando” e não ter firmeza enquanto a pessoa caminha. Porém isso só ocorre com quem adquire a perda auditiva ao longo da vida e não com indivíduos que nasceram com ela, pois o corpo já está adaptado a este déficit.
Ainda de acordo com estudo, as quedas frequentes podem causar traumas que levam a outras sequelas graves. Embora as vítimas mais frequentes sejam os idosos, pessoas em qualquer fase da vida, que tenham perda auditiva também têm maior chance de sofrer quedas.
COMO SOLUCIONAR
Embora a perda auditiva seja irreversível, os problemas causados por ela (como o desequilíbrio) podem ser solucionados com um aparelho auditivo que, logo ao iniciar seu uso, é possível sentir maior firmeza nos movimentos e ter o problema extinto.
“Atualmente, existe uma vasta gama de modelos no mercado. Os mais modernos fazem um mapeamento das frequências sonoras, dando destaque à compreensão da fala e minimizando ruídos externos, como barulhos de buzinas de carros, por exemplo, durante uma conversa.”